17 de ago. de 2014

Cores tranquilas

Começar uma obra não é simples. De uma casa, que fica no alto de uma serra, a quase 200 km da sua residência de todo dia, é menos simples ainda. E nesse sobe e desce a serra, vamos sonhando, planejando e descobrindo como é a vida real. Mas aí vem o tempo e te prova por A + B que você cometeu alguns erros. Aqueles erros gostosos da juventude. Aquele erro divertido, que nem dá vergonha de dizer que fez, mas também não dá para recomendar. Mas, apesar de ser errado, foi melhor ter feito e matado a vontade.

Foi assim com a cor que escolhi para a Cabana. Queria porque queria uma casa com rosa forte, quase vermelha. A cor é linda. Sou apaixonada por ela. Mas não funciona. Ela desbota muito, muito rápido. E conforme sai, como tem muito magenta (e chumbo na composição), vai desbotando e ficando cinza. E desse rosão alegre para um cinza feio, dá uma tristeza.

Por isso resolvi pegar leve e escolhi uma cor com mais branco na composição. Um rosinha claro, fofo, que mantém a personalidade original da casa. Mas de um jeito mais tranquilo, mais duradouro. Afinal é assim, passam rápido os furacões, de cores fortes e marcantes. São divertidos, juvenis. Mas tem horas que a gente só quer um rosa que demore para passar. Que fique, mesmo que brando, por muito tempo.

Tô mais para leveza.

;-)
Ana





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